Artigo

18 anos da certificação digital

Muitas empresas já utilizam a ferramenta na chamada segunda onda

MAURICIO BALASSIANO

Neste ano, a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil chega aos 18 anos de criação. É uma data muito importante para todo o setor de certificação digital, que viu nesse período o quanto de avanços foram possíveis.

A Serasa Experian, por exemplo, desde o primeiro momento acreditou nesse segmento e foi a primeira Certificadora Digital a iniciar atividade nessa área. Eu, pessoalmente, que sempre tive ligação com esse universo, me lembro de forma muito clara as dificuldades que passamos no início, ao chegar numa empresa por exemplo e tentar convencê-la de que se tratava de uma ferramenta que oferecia uma série de benefícios e que havia reconhecimento jurídico.

A pergunta imediata era: e quem está usando? De fato, naquele início, não havia o que responder. Como toda novidade, a certificação digital chegou em meio a muitas dúvidas e incertezas. Mas o mercado, de pronto, entendeu seu potencial e resolveu investir. Aos poucos fomos ganhando massa crítica e musculatura.

Hoje todo o sistema Judiciário atua por meio da certificação digital. Aboliram praticamente os processos em papel e toda a cadeia profissional, do advogado em início de carreira, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, todos se valem da certificação digital. Ainda que fosse apenas esse setor já estaria assegurada a validade jurídica e a potencialidade da infraestrutura.

Mas ao longo desses 18 anos, a partir da ação reguladora da ICP-Brasil, cujo gestor é o Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), vários outros benefícios foram sendo agregados. A certificação digital avançou com as obrigações firmadas pelo governo para o cumprimento das empresas, envolveu vários impostos e a prestação de contas e informações, envios de relatórios, a emissão da nota fiscal eletrônica.

Depois partiu-se para as categorias. Os contadores foram os primeiros a entenderem esses avanços e hoje são os grandes parceiros do nosso setor. Essa categoria é relevante para parcerias com as certificadoras digitais, que têm grande apreço por esses profissionais e sempre os trata olhando para o presente e futuro.

Na sequência, a certificação digital seguiu para a área médica, na formulação dos prontuários eletrônicos dos pacientes (PEP), para as clínicas e hospitais. Nós mesmos temos cases importantes nessa área. Há ainda muitas empresas que adotaram a certificação como forma de se relacionar com seus vendedores externos, de controlar estoques, os fluxos financeiros. Tudo isso faz parte do que chamamos de segunda onda da certificação digital.

Nesse sentido, somos pioneiros. No ano passado fizemos 50 anos de fundação. Para uma empresa que atua com dados e num ambiente reconhecidamente seguro, faz todo sentido adotar caminhos de atração de empresas e conglomerados que estejam dispostos a adotar o caminho da redução do uso de papel e de insumos, que a tecnologia da certificação digital permite.

O certificado digital avançou também muito no segmento da pessoa física. Além das assinaturas digitais é possível declarar o Imposto de Renda da Pessoa Física, fazer relacionamentos com a Receita Federal do Brasil, agilizar a renovação da carteira nacional de habilitação, emitir diplomas em universidades, consultar notas fiscais eletrônicas e dialogar de forma virtual com as secretarias da fazenda da maioria dos Estados da federação brasileira.

Mauricio Balassiano é diretor de certificação digital da Serasa Experian – Maurício.balassiano@br.experian.com

Fonte: DCI

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