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Farmacêuticos pedem certificação para evitar golpe no Farmácia Popular

Certificação digital exigiria chave de acesso aos sistemas como forma de minar as liberações irregulares de medicamentos

Imagem de Steve Buissinne por Pixabay 

Por Mariah Aquino

Depois das denúncias mais recentes sobre o uso de farmácias fantasma para fraudar o programa Farmácia Popular, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) pressiona pela exigência de uma certificação digital para o setor.

A ferramenta exigiria uma chave de acesso aos sistemas, “vinculando a dispensação dos medicamentos à liberação pelo profissional responsável técnico pelas farmácias”, explica o CFF.

Os remédios seriam liberados, dessa forma, somente com a autorização do profissional responsável. Este, por sua vez, responderia civil e administrativamente pela operação.

Reportagem veiculada pelo Fantástico no domingo (15/5) mostrou que fraudadores criavam farmácias fantasmas, que só existiam no papel, e simulavam a venda de medicamentos para quem nunca precisou.

Como o governo paga 90% do valor do medicamento, esse dinheiro era desviado. Só em Goiás, há suspeitas de que farmácias tenham desviado R$ 1,8 bilhão.

Os criminosos usavam CPFs de outras pessoas para fazer a compra de remédios pelo programa. A descoberta do esquema ocorreu após alguns cidadãos que tiveram os dados utilizados sem consentimento descobrirem por meio do aplicativo ConecteSUS, normalmente usado para acessar o comprovante de vacinação contra Covid-19, compras de medicamentos que nunca tomaram.

Farmacêuticos sem resposta

Depois de elaborar o procedimento para coibir fraudes, o CFF enviou a proposta que seria implementada por meio de Termo de Cooperação Técnica. Os farmacêuticos, porém, afirmam que o Ministério da Saúde não concretizou os planos, que teriam ficado sem resposta.

Em 12 de maio, a pasta anunciou um modelo de auditoria para o Farmácia Popular. O novo procedimento utiliza uma avaliação de riscos para realizar auditorias informatizadas ou tradicionais e, de acordo com o ministério, deixar o processo mais ágil.

Fonte:  Metrópoles

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