Zetra

Empresa mineira de tecnologia para o mercado de crédito consignado, a Zetra se tornou uma Autoridade de Registros (AR) da Boa Vista Certificadora para a venda de certificação digital. Com isso, a Zetra investiu na abertura de duas lojas – em Belo Horizonte e no Recife. Neste ano, o presidente da Zetra, Renato Araújo, espera faturar R$ 60 milhões. A empresa tem 240 clientes no país.

2.000 certificações é o que a Zetra espera vender até o fim do ano.

O Tempo – 20/06

Fraude tenta levar R$ 3,70 a cada R$ 100 em compra online

Golpes no e-commerce cresceram 27,5% entre 2014 e 2015, alertam especialistas

CLÁUDIA DUARTE
ESPECIAL PARA O TEMPO

Em 2015, a cada minuto, o índice de tentativa de fraude nas compras feitas pela internet em Minas Gerais foi de 3,7%, ou seja, a cada R$ 100 em compras no comércio eletrônico, R$ 3,70 foram em tentativas de fraude. Em 2014, esse índice foi de 2,9%. Uma alta de 27,5%. Os dados fazem parte do Mapa da Fraude 2016, elaborado por uma das maiores empresas do país especializada em soluções antifraude para transações comerciais. “O mercado de e-commerce cresceu cerca de 10% em faturamento na comparação entre 2014 e 2015 e, portanto, a taxa de tentativa de fraude neste tipo de comércio é só crescente”, alerta o especialista e coordenador de Inteligência Estatística da ClearSale, Henrique Martins.

Foi feito um mapeamento em todas as regiões do país. Os números revelam que, no ano passado, a cada minuto, R$ 3.610,20 foram registrados em tentativas de fraude nas compras feitas pela internet no Brasil. Isso representa 4,40% de todas as transações em lojas virtuais no país – número que supera do ano anterior, o qual chegou a 4,10%.

Minas Gerais registrou um índice menor do que o verificado no país em 2015 e é o terceiro em tentativas de fraudes da região Sudeste, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.

A região Sul foi a que se mostrou a mais segura do país, apresentando o menor índice de tentativas de fraude no e-commerce com 2,5%, enquanto Sudeste registrou 3,9% e Centro-Oeste, 5,7%. Em contrapartida, a região Norte é a primeira colocada registrando 7,7% de tentativas, e o Nordeste aparece em segundo lugar, com 7,2%. Os fraudadores têm suas preferências e, em Minas, elas seguem a tendência nacional, só divergindo com os produtos que ocupam a quarta e quinta posições. “O fraudador prefere o que tem melhor liquidez. Por exemplo, entre um microondas de R$ 300 e um celular de mesmo valor, ele vai preferir fraudar a compra do telefone”, esclarece Martins.

No Estado, os segmentos mais procurados pelos fraudadores são: games (8,9%) celulares (8%); eletrônicos (6,1%); acessórios (5,8%) e artigos esportivos (3,8%)

Alerta. Para evitar fraudes com o cartão de crédito, por exemplo, o consumidor deve tomar alguns cuidados básicos. “A primeira dica, e mais importante, é optar somente por lojas mais conhecidas. É preciso verificar se ela possui CNPJ, endereço válido e, principalmente, um contato de atendimento ao consumidor”, recomenda Omar Jarouche, que é gerente da mesma área da ClearSale.

A dica é seguida à risca pelo servidor público Eustáquio Lages Duarte. “Desde sempre compro pela internet, e praticamente de tudo: geladeira, fogão, livro, sapato, roupa, etc., de sites daqui e de fora, mas só compro em sites de lojas conhecidas. A primeira coisa que olho é se há um telefone de contato e o cadeado de segurança indicando compra segura”. A cada débito nos cartões dele, os bancos enviam SMS para comprovar a compra. “É outra segurança”, aponta.

Site deve possuir o protocolo de segurança
Uma recomendação do especialista Omar Jarouche, gerente de Inteligência Estatística da ClearSale, para uma compra segura é consultar se o ambiente em que os dados serão inseridos é realmente seguro. “Antes de criar um cadastro ou colocar as informações do cartão de crédito, é preciso verificar se o site possui um protocolo de segurança como o https. Plataformas conhecidas de pagamento também são um bom indicativo de que a loja é confiável”, afirma.

Henrique Martins, um dos coordenadores do Mapa da Fraude 2016, faz um alerta para pequenos e médios empreendedores que entram no e-commerce: “Segurança é primordial. Fraude ali é igual colchão de água. Você não percebe que está vazando e tudo vai murchando. Só depois você se dá conta do estrago”. (CD)

FIQUE DE OLHO
Cinco dicas para evitar fraudes no e-commerce:

Optar somente por lojas conhecidas. Verificar se ela tem CNPJ, endereço válido e, principalmente, um contato de atendimento ao consumidor.

Antes de criar um cadastro ou colocar informações do cartão de crédito, checar se o site possui um protocolo de segurança como https. Plataformas conhecidas de pagamento também são um bom indicativo de que a loja é confiável.

Ficar atento a lojas que só aceitam boleto ou transação bancária. Por essas formas, o débito é automático e o estorno do valor não é garantido. Com o cartão de crédito, o consumidor tem respaldo maior com as operadoras.

Desconfiar de descontos muito agressivos. Promoção absurda em link desconhecido, não clique. Provavelmente o endereço será uma tentativa de phishing, isto é, quando um hacker tenta obter senhas e dados bancários por um link falso.

É preciso não só frequentar site seguro, mas também ter certeza de que o dispositivo usado está blindado contra eventuais ataques. Computadores e smartphones devem estar protegidos. Para evitar que fraudadores capturem dados bancários indevidamente, só navegar em uma rede privada criptografada com senha e ter antivírus sempre atualizado.

O Tempo

Consumo de papel A4 no Senado cai quase pela metade em cinco anos

Em cinco anos, o uso de folhas de papel reprográfico A4 no Senado caiu quase pela metade (44,3%), passando de 42.013 resmas (pacotes com 500 folhas) em 2010 para 23.391 em 2015. Os dados são da Coordenação de Administração e Suprimentos de Almoxarifados, vinculada à Secretária de Patrimônio da Casa.

Márcia Kalume/Agência Senado

O diretor da secretaria, Luciano Freitas, destaca que medidas como a implantação de outsourcing(terceirização) de impressão, em 2014, a criação do Sistema de Gestão de Patrimônio e Almoxarifado do Senado e as informações disponibilizadas no Portal da Transparência podem ter contribuído para a queda progressiva do uso de papel ao longo dos últimos anos.

— O outsourcing reduziu o número de impressoras e implementou a impressão em frente e verso. O sistema de gestão também ajudou muito na redução, porque ele registra e disciplina a demanda. Além disso, oferece informações muito precisas ao Portal da Transparência, o que possibilita que todos tenham acesso aos setores que estão consumindo mais folhas de papel — diz.

Segundo o diretor-geral-adjunto de Gestão do Senado, Gustavo Ponce de Leon, além de impactar na economia de recursos, a redução do uso de papel está ligada ao compromisso com a sustentabilidade, previsto no Plano de Gestão de Logística Sustentável, lançado pelo Senado em julho do ano passado.

— O papel tem origem em madeira, que envolve o desmatamento. Portanto, tem o custo ambiental. Quando focamos na redução do uso de papel, procuramos garantir dois benefícios: o financeiro e o ambiental — afirma.

Nessa perspectiva, foi implementada na Diretoria-Geral a fase-piloto do Sistema de Atesto de Impressão, que permite aos gestores monitorarem as impressões em seus setores. Desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da informação (Prodasen) a ferramenta possibilita a verificação do consumo por unidade administrativa, por login e por tamanho do arquivo, segundo Ponce.

— É preciso enxergar qual tipo de impressão está sendo feita, quem é o usuário e para onde está indo esse consumo de papel. Como fazer isso em todo o Senado seria bastante difícil, veio a ideia de pegar, primeiramente, a área em que a gente atua e conhece, aprofundando nosso conhecimento e trabalhando para racionalizar o uso — conta o diretor-geral-adjunto de gestão, ressaltando que a iniciativa será levada a outros setores do Senado em aproximadamente três meses.

De acordo com Ponce, o monitoramento ocorrerá em duas frentes: coibindo os possíveis casos de mau uso [impressões particulares] e identificando o excesso de impressão de materiais relacionados ao trabalho.

— Vamos deixar claro que monitoramos o uso particular das impressoras. É um trabalho mais pontual, mas é importante pelo nosso compromisso com as coisas públicas. Também vamos analisar as situações, na própria rotina, em que as pessoas estão usando muito papel, verificando se isso é realmente necessário ou é desperdício — ressalta.

Processo eletrônico
Outra causa possível para a redução do consumo de papel A4 é o processo eletrônico no Senado, que começou a ser implantado em abril de 2012 com a aquisição do Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos. A ferramenta é utilizada para controlar a produção, transmissão, armazenamento, manutenção e preservação de documentos. Desde maio de 2015, com a adoção plena da versão eletrônica, os novos processos passaram a ser inteiramente digitais. Os antigos tiveram a tramitação em papel encerrada e foram digitalizados, mantendo-se no meio físico apenas para consulta.

Agência Senado

Processo eletrônico

Uma funcionalidade disponível no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal permite reduzir custos operacionais e agilizar processos envolvendo vários órgãos, entre eles secretarias de Estado, institutos e fundações. Por meio da opção “Via Sistema”, citações e intimações são encaminhadas diretamente às partes, sem a necessidade de cumprimentos de mandados via oficial de justiça ou encaminhamento via correio. A opção ainda reduz gastos com impressão de mandados e contrafé. A ação foi concretizada por meio do Modelo Nacional de Interoperabilidade (MNI), ferramenta que estabelece padrões para intercâmbio de informações de processos judiciais e assemelhados entre diversos órgãos.

Valor Econômico- 14/06

Empresas querem convênios por biometria

Setor abre diálogo com órgãos estaduais de identificação para uso de base de dados em verificações de segurança; parceria baratearia contratação de ferramentas de combate a fraudes


Dedo da verdade: empresas querem facilitar identificação do cliente

Foto: Dreamstime

São Paulo – O uso de dados biométricos sob tutela do governo para fins de validação de identidades deve baratear a tecnologia e popularizar o artifício no País. Para viabilizar a alternativa, empresas do segmento buscam interlocução com órgãos de segurança estaduais.

Hoje, empresas interessadas na verificação biométrica para prevenção de fraudes precisam investir boas somas na coleta e no armazenamento de digitais – algo feito por alguns dos maiores bancos brasileiros. Enquanto isso, empresas como a Certisign – que desde 2014 possui um braço voltado para a certificação biométrica, a Certibio – vislumbram a possibilidade de utilizar, amparadas pela Política de Dados Abertos, informações já armazenadas pelos institutos de identificação estaduais.

“Estamos estabelecendo contato com institutos de cada estado e apresentando a tecnologia. Há muito interesse, mas a particularidade de cada um vai definir quanto tempo o processo vai demorar”, diz o diretor de Certibio, Igor Rocha, lembrando que um diálogo já está em curso com o Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação (Conadi).

Em março, o Distrito Federal deu o primeiro passo para a exploração das informações ao publicar decreto permitindo a utilização das mesmas. A regulamentação da prática será realizada pela Polícia Civil do Estado em breve. Outras localidades, como o Rio Grande do Sul, estão prestes a seguir o mesmo caminho.

“Além de haver demanda de mercado pela solução, o serviço geraria receita para os estados, já que eles receberiam remuneração da iniciativa privada”, afirma Rocha. Segundo estimativa, o preço de cada consulta para o cliente final ficaria entre R$ 0,60 e R$ 3, dependendo do volume.

Segurança

“O que se propõe é uma forma de se certificar que aquela pessoa que está se apresentando como requerente seja realmente quem ela diz que é através de uma simples consulta de falso ou verdadeiro”, explica o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia e Identificação Digital (Abrid), Celio de Siqueira Ribeiro. Segundo o setor, a finalidade única do uso e a garantia de anonimidade dos dados não gerariam nenhum tipo de ônus à segurança das informações reveladas.

No caso, a maior barreira para o avanço da ferramenta é a pulverização dos dados em 27 órgãos diferentes. De acordo com Ribeiro, a criação de um Registro de Identidade Civil nacional já está prevista por lei, mas ainda não saiu do papel. Estados como o Rio de Janeiro já possuem uma base única de dados, mas a prática ainda não é comum.

Liliana Lavoratti

DCI  14/06

Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional

Em 15/06/2016, estará disponível o novo aplicativo “Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN)” no portal do Simples Nacional e no portal e-CAC do sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

O aplicativo é uma Caixa Postal que permite ao contribuinte, optante pelo regime, consultar as comunicações eletrônicas enviadas pela Receita Federal do Brasil, Estados, Municípios e Distrito Federal. Será utilizado também para comunicação ao contribuinte que tenha solicitado opção pelo Simples Nacional, sendo, neste caso, apenas no tocante à ciência de atos relativos ao processo referente à opção.

O sistema de comunicação eletrônica para as empresas optantes pelo Simples Nacional está previsto na Lei Complementar nº 123/2006, em seu artigo 16, §§ 1º-A a D, e regulamentado na Resolução CGSN nº 94/2011.

Conforme a legislação citada, para as comunicações feitas por meio eletrônico, está dispensada a publicação no Diário Oficial e o envio por via postal. Essa comunicação eletrônica será considerada pessoal para todos os efeitos legais. Considerar-se-á realizada a ciência da comunicação no dia em que se efetivar a consulta eletrônica ao teor da comunicação, que deverá ser feita em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data da sua disponibilização, sob pena de ser considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo. Nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a comunicação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.

Não é necessário solicitar adesão ao DTE-SN. Todos os optantes pelo Simples Nacional (desde que não optantes pelo SIMEI), automaticamente, já são optantes pelo DTE-SN.

O acesso ao serviço, no portal do Simples Nacional ou portal e-CAC da RFB, é feito com a utilização de certificado digital ou código de acesso gerado nesses portais. Entretanto, o código de acesso gerado pelo portal do Simples Nacional não é válido para acesso ao e-CAC da RFB, e vice-versa.

Para mais informações sobre o aplicativo, consulte o Manual do Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), disponível no item “Manuais”.

O DTE-SN não exclui outras formas de notificação, intimação ou avisos previstas nas legislações dos entes federados, incluídas as eletrônicas.

SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

14/06/2016

Jucergs inicia implantação da Junta Digital

A Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs) inicia amanhã, dia 14, a implantação da Junta Digital, projeto através do qual será possível realizar os serviços de atos empresariais e autenticação de livros pela internet. O lançamento oficial do sistema ocorre no dia 29 e deve reunir representantes de outros sete estados que compõem a rede Integrar (Piauí, Roraima, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Ceará, Goiás e Acre) e de Minas Gerais, responsável por repassar tecnologia e know how.

O Rio Grande do Sul será o primeiro da rede a adotar o novo modelo de abertura, alteração e extinção de empresas. “Vamos tornar mais fácil a vida dos empreendedores. Os contadores e empresários poderão emitir o contrato social de casa, e realizar praticamente todas as entradas de documentos sem ter de sair do escritório”, destaca o presidente da Jucergs, Paulo Roberto Kopschina. Para usufruir do serviço, bastará ter acesso à internet, possuir certificado digital e disponibilizar os arquivos no formato exigido.

A Junta Digital traz benefícios também à administração pública, como a redução de custos de papel. Desde 2009, todos os novos processos “já saem digitalizados”, garante Kopschina. Do total de documentos em acervo físico da Jucergs, 24 milhões, 8 milhões já foram colocados em ambiente digital. A expectativa é finalizar esse trabalho até dezembro de 2017.

O projeto irá integrar os 57 escritórios regionais da Jucergs. “Os maiores beneficiados devem ser os pequenos municípios, onde a abertura de uma empresa ainda exige que se percorra uma pequena via sacra”, diz Kopschina.

A adoção da Junta Digital é complementar à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), fruto de uma parceria entre governo do Estado, por meio da Jucergs, Sebrae/RS e prefeituras. O propósito é simplificar e desburocratizar o registro e a legalização de empresas. Hoje, todo o processo é centralizado em um único espaço, normalmente na prefeitura, e cerca de 25 mil processos são protocolados mensalmente na Jucergs. “A corrida de obstáculos acaba, agora será a corrida da imagem”, complementa.

Jornal do Comércio-RS

Por que as organizações não adotam a Certificação Digital?

Por José Luiz Brandão

 José Luiz Brandão

Era 2 de julho de 2001. Eu estava acompanhando um cliente no Congresso Nacional sobre Tecnologia Aplicada ao Governo – e-Gov Fórum que estava sendo realizado na sede da Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo.

Nesta época eu já tinha decidido dedicar a minha carreira profissional ao estudo e aplicação da tecnologia de criptografia e certificação digital. Tinha começado meus estudos ainda na universidade, 4 anos antes, e já tinha uma boa bagagem no desenvolvimento de algoritmos e protocolos criptográficos.
Eu assistia um painel presidido pelo então Gerente de Projetos de Segurança da Informática do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Pedro Paulo Lemos Machado, hoje Diretor de Auditoria, Fiscalização e Normatização do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). O painel tinha como tema a “Segurança em Portais de Governo” e tratou de temas como assinatura digital, certificado digital e PKI no âmbito do Governo Federal.
Eu estava me divertindo com o fato de descobrir, naquele momento, que aquele palestrante que falava sobre um tema que tanto me interessava era o meu colega do Coro Sinfônico da Universidade de Brasília com quem eu convivi por 5 anos sem saber que ambos se dedicavam ao estudo da mesma tecnologia (pouco conhecida naquela época). Até aquele momento eu apenas o conhecia como o Pedro Paulo, barítono como eu, com quem eu havia cantado diversas peças de Mozart, Beethoven e Haydn. Após a palestra fui cumprimenta-lo e ficamos falando por alguns minutos sobre o inusitado daquela situação.
Pouco depois, no cafezinho, comecei a ouvir um burburinho sobre uma nova medida provisória que tinha acabado de ser publicada. Todos estavam curiosos e interessados em saber mais sobre a MP 2.200 que havia sido publicada 4 dias antes no dia 28 de junho de 2001.Depois dessa data foram publicadas 2 novas versões do texto. A MP-2.200-1 de 27/07/2001 e a MP 2.200-2 de 24/08/2001. Eu vinha acompanhando desde o ano anterior um movimento do Governo Federal para a criação da ICP-GOV que seria uma infraestrutura de chaves públicas exclusiva do governo. Foi uma surpresa para mim, ver, naquele momento, que aquele projeto tinha se transformado na ICP-Brasil e que alcançaria não só o Governo Federal, mas toda a sociedade brasileira.
Hoje, 15 anos depois desse fato, a ICP-Brasil é uma grande realidade. São milhões de certificados digitais emitidos todos os anos. O mercado amadureceu, abraçou a tecnologia. São diversos projetos de sucesso em diversos segmentos do mercado. As pessoas conhecem a tecnologia e sabem dos benefícios que a sua adoção pode trazer para o dia-a-dia das corporações.
Mas quando olhamos o mercado. Quando vemos todo esse sucesso da ICP-Brasil, uma dúvida paira no ar: Por que as organizações não adotam a Certificação Digital?
Uma breve visão da tecnologia de Certificação Digital
A criptografia assimétrica, descrita pela primeira vez nos anos 70, trouxe a possibilidade de provarmos a posse de um segredo sem apresenta-lo. Desta forma, o segredo (chave) é de posse exclusiva do seu titular, cabendo a este a responsabilidade de gerar, guardar e operar essa chave. O que se valida é o resultado do processamento de uma determinada informação, produzida a partir do segredo, não sendo necessário, em momento algum, revelar seu valor. Essa descoberta foi algo revolucionário nos anos 70 e ainda é até hoje. Não é objetivo de esse texto descrever tecnicamente os detalhes desta tecnologia: números primos, fatoração, operações exponenciais, etc. O que nos importa é saber que esta é a base daquilo que chamamos hoje de certificação digital.
A certificação digital é uma ciência nova que está em constante evolução. Ela é regida por normas internacionais, muitas delas construídas nas últimas duas décadas. Quando se aborda a utilização dessa tecnologia considerando um contexto internacional, a segurança nas transações eletrônicas ganha destaque, considerando os três principais benefícios trazidos por ela: autenticação, sigilo e assinatura digital. Porém, com a criação da ICP-Brasil em 2001, um novo fator foi inserido neste cenário: a Legalidade. Com a ICP-Brasil a Certificação Digital passou a ser uma tecnologia de governo com respaldo legal.
O cenário atual da ICP-Brasil
O que vimos ao longo destes quinze anos de ICP-Brasil foi o aumento explosivo da utilização da Certificação Digital impulsiona por políticas de Governo. Projetos como SPB, E-CAC (Receita Federal), Nota Fiscal Eletrônica, Conectividade Social, fizeram com que o Certificado Digital passasse a ser mais uma ferramenta na gestão e operação das organizações. Hoje, praticamente, todas as pessoas jurídicas de todos os portes têm pelo menos um certificado digital em seu nome. Porém, este fato, está longe significar que a Certificação Digital é amplamente utilizada nas corporações.
O Certificado Digital é utilizado como um elemento para relacionamento da empresa com os diversos órgãos do governo. Na prática, todos aqueles benefícios que a certificação digital pode trazer nas transações eletrônicas entre os funcionários de uma corporação e suas empresas parceiras não são alcançados porque as organizações não estão adotando essa tecnologia para outros cenários além daqueles que são obrigatórios.
As dificuldades para adotar a certificação digital
E por que isso acontece? Por que as organizações têm dificuldade em adotar a tecnologia de certificação digital em seus processos internos?
A resposta não é simples. São vários fatores os responsáveis por esta dificuldade. Na minha experiência de 15 anos implantando projetos de certificação digital identifiquei quatro fatores principais: Técnico, Financeiro, Logístico e Cultural.
Mas antes de falarmos mais detalhadamente sobre esses fatores é importante entendermos o que motiva uma corporação a considerar a adoção da certificação digital em seus processos internos e externos.
A tecnologia avançou enormemente nos últimos 20 anos. O início da internet comercial combinada com a proliferação das redes locais de computadores fizeram com que qualquer pessoa ou organização conseguisse ter acesso à informatização de seus negócios. Hoje é muito simples gerar um documento e enviar em segundos para qualquer parte do mundo, ou enviar um e-mail para um colega de trabalho há poucos metros de você. Mas quando é necessário dar legalidade a um documento ou transação, as pessoas saem do mundo eletrônico e voltam para o mundo físico. Imprimem o documento e coletam uma ou mais assinaturas manuscritas das pessoas envolvidas naquele ato.
O que a certificação digital faz é dar legalidade ao documento ou transação em meio eletrônico. Não há mais necessidade de ter papel. Não há mais necessidade de transitar documento em meio físico pra lá e pra cá. Isso trás diversos benefícios para qualquer organização. A burocracia corporativa fica mais rápida, as distâncias encurtam, as pessoas rendem mais nas suas atividades, os custos operacionais diminuem, entre outros.
Então, é muito simples para uma empresa olhar para todas essas vantagens e pensar: “vamos adotar a certificação digital em nossa organização”. E é a partir daí que começam as dificuldades. Vamos analisa-las de uma forma um pouco mais detalhada:
Fator Técnico
A tecnologia de certificação digital é complexa. Os cursos de computação nas faculdades e universidades não ensinam seus alunos a desenvolverem sistemas utilizando criptografia e certificação digital. São poucas as matérias que tratam o tema, e quando o fazem, o abordam de forma superficial.
Os alunos, quando saem da faculdade e iniciam um primeiro emprego, são direcionados ao desenvolvimento de sistemas, gestão de redes, servidores, periféricos, firewall, anti-malware e tantas outras tecnologias presentes no dia-a-dia das áreas de TI.
Existem muito poucos profissionais com conhecimento em Certificação Digital para implantar a tecnologia em suas organizações. São tantos aspectos que envolvem um projeto dessa natureza: certificado digital X.509, Lista de Certificados Revogados, envelope de assinatura PKCS#7, CMS, XMLDSig, CADES, XADES, PADES, Token, Smart-card, PKCS#11, CSP, OCSP e mais um tanto de outras sopas de letrinhas que deixam qualquer um perdido sem saber por onde começar.
O caminho então é contratar uma consultoria externa que tenha profissionais com o conhecimento e experiência para conduzir um projeto dentro da organização. A consultoria, normalmente, vem com uma licença de software (SDK, assinador, framework, …), treinamento e suporte técnico. Isto é, todo um pacote de produtos e serviços que envolvem um investimento por parte da instituição. E pra complicar ainda mais esse cenário, são poucas as empresas e profissionais no mercado ofertam esse tipo de serviço.
Fator Financeiro
É natural que uma tecnologia tão complexa e que tenha tão poucos profissionais no mercado tenha preços elevados. Contratar um pacote completo de software, consultoria, treinamento e suporte é caro para as organizações.
Quando se considera, além do custo do projeto, o valor unitário para a aquisição de um certificado digital no mercado, aqueles benefícios citados anteriormente deixam de ser tão atrativos como no começo.
No cenário atual somente os órgãos de governo e grandes organizações privadas têm condições de adotar a certificação digital em seus processos do dia-a-dia.
Fator Logístico
Quando as empresas conseguem vencer as barreiras técnica e financeira e finalmente implantam a certificação digital em suas organizações outros fatores complicadores aparecem.
A entrega dos certificados digitais para os colaboradores da organização, por lei, devem ser feitos presencialmente com a apresentação de um conjunto de documentos que comprovam a identidade da pessoa e autorizam a emissão do seu certificado digital. A empresa precisa, então, definir quais funcionários receberão certificados, agendar um horário para a entrega da documentação e retirada do certificado.
Além da logística de entrega, a gestão do legado também é um grande problema para as organizações. Os certificados digitais tem prazo de validade. Esse prazo começa a contar à partir do dia que o certificado é emitido. Cada colaborador emite num determinado dia e hora. Os dispositivos (token, smart-card, leitores) danificam ou são perdidos e precisam ser trocados. Neste caso, os certificados digitais precisam ser revogados e reemitidos.
A organização, então, precisa ter ferramentas para gerenciar a validade dos certificados digitais de seus colaboradores de forma a renova-los antes vençam e não possam mais ser utilizados.
Por fim, o suporte ao usuário é mais um grande problema na utilização do certificado. A tecnologia é complexa. É token, leitor, cartão, driver, plug-in do Java, marca e versão do navegador, sistema operacional, etc. Um usuário comum tem muita dificuldade para fazer isso tudo funcionar corretamente. As corporações que já adoram a certificação digital atualmente precisam investir pesadamente em suporte técnico ao usuário de forma a manter os serviços funcionando adequadamente. É muito comum que uma empresa, após adotar a certificação digital, acabe abandonando a tecnologia pela dificuldade de manutenção.
Fator Cultural
É muito difícil abrir mão do papel. As pessoas convivem com papel desde que nasceram. É muito natural pra qualquer pessoa pegar um pedaço de papel, escrever, assinar, ler. É muito simples. Não precisa de alta tecnologia. Só de uma folha e uma caneta. Passamos 20 anos da nossa vida aprendendo isso na escola, na faculdade, nos nossos empregos.
É muito difícil a mudar. As pessoas se habituam a fazer as coisas de uma determinada maneira. Se sentem confortáveis fazendo as coisas daquela forma. Passar a fazer diferente, mesmo sabendo que é pra melhorar o seu trabalho, gera resistência na maioria das pessoas.
Implantar um projeto de certificação digital numa empresa significa convencer as pessoas a abrirem mão do papel. Abrir mão de pegar um documento com a mão, ler, colocar num envelope, enviar pelo correio, arquivar.
Para ter sucesso é preciso comprometimento do alto escalão da empresa. É preciso divulgar os benefícios, treinar e convencer as pessoas a adotarem uma nova forma de fazer as coisas.
É possível uma empresa pequena ou média adotar a certificação digital?
Vendo todo o cenário negativo, parece que a conclusão desse texto será de que a resposta a essa pergunta é NÃO.
Mas a verdade é que o mercado tem mudado. Os fornecedores de tecnologia de certificação digital têm visto que só atender as grandes corporações é um risco para o negócio ao longo prazo.
O mercado de emissão de certificados digitais para Pessoa Jurídica foi construído através das demandas geradas pelo governo que obrigam as empresas a comprarem certificados digitais para continuarem seus negócios. É obrigatório. Tem que comprar. Não tem jeito. Então, as empresas compram, mas não vão além daquilo que é obrigatório.
As Autoridades Certificadoras já perceberam que esse mercado, apesar de ser grande, é limitado. A concorrência está cada vez maior e o bolo não está aumentando. Só há 2 caminhos a seguir: dividir o bolo em partes menores ou aumentar o mercado.
Porém, o mercado que está de fora da tecnologia de certificação digital não aceita o modelo comercial atual. As empresas que fornecem tecnologia e vendem certificados digitais já perceberam isso e já começaram a apresentar formas alternativas de adoção da tecnologia.
Essas novas formas são sensíveis a todos os fatores citados anteriormente como dificultadores e apresentam ideias criativas para solucioná-los.
A mensagem final é: Existe uma luz no fim do túnel. Não estou falando de um futuro próximo. Estou falando de soluções que já estão no mercado e podem ser compradas hoje e são acessíveis a qualquer porte de empresa. É uma questão de conhecer, escolher e começar a usar.
* José Luiz Brandão
Formado em Ciência da Computação pela Universidade de Brasília (1997), tendo se especializado em segurança da informação e criptografia, Brandão é sócio fundador da e-Sec Segurança Digital.
Foi membro do COTEC – Comissão Técnica da ICP-Brasil como representante da sociedade civil de 2003 a 2006 participando da elaboração das diversas normas publicadas pela ICP-Brasil neste período.
Durante mais de 10 anos participou de projetos nas áreas de criptografia, certificação digital, análise de segurança de sistemas em diversas instituições públicas e privadas em todo o país.
De 2007 a 2015 atuou como Diretor Comercial. Em janeiro de 2016 passou a ocupar a presidência do conselho administrativo da empresa.
Fonte: CryptoID
Colunista do CryptoID
brandao@esec.com.br

Certificação Digital | O que a impede de se espalhar em larga escala no Brasil?

Por Sergio Leal

Já se vão quinze anos desde que a ICP-Brasil ‘criou a validade legal’ dos documentos eletrônicos bastando utilizar assinatura digital.

Nesse momento, acreditávamos que o ultimo passo tinha sido dado para que a certificação digital se espalha-se rapidamente mas isso não aconteceu.

O que ainda nos impede?

Existem muitos motivos que ainda nos atrasam nesse campo, e alguns deles nos afetam mais do que outros.

Obviamente, o primeiro poucos (pessoa física) tem um certificado digital. A pessoa comum não percebe uma relação-custo benefício empolgante para que realize a compra e a manutenção de um certificado digital em seu nome. Precisamos de humildade para perceber que essa ainda é uma infeliz realidade.

Mas qual o real impacto da falta dos certificados para evoluirmos? Se todos tivessem certificados digitais o problema estaria superado?

Acredito que não. Basta olhar países como Portugal e Espanha onde a ‘carteira de identidade’ é um smart card com certificado digital, e por consequência todo cidadão tem o seu.

Nesse países o certificado digital não é utilizado para praticamente nada. Basicamente porque faltam boas aplicações. Quando digo boas, me refiro a aplicações que tenham impacto real no vida das pessoas e que sejam bem construídas tecnologicamente.

E como sairemos dessa situação?

A chave para avançarmos na adoção dos certificados digitais é a disponibilidade de aplicações, e precisamos admitir que isso é muito difícil, muito difícil mesmo. E as razões são muitas.

As bibliotecas proprietárias são caras e muitas tem baixa qualidade. Isso afeta diretamente os desenvolvedores e fabricas de software de muitas maneiras distintas.

Primeiro que se cada organização utiliza uma solução completamente diferente, as pessoas precisam aprender e reaprender a desenvolver soluções de certificação digital. Por outro lado existe o medo de investir em uma solução para algum tempo descobrir condições como:

  • o produto foi descontinuado;
  • o suporte é ruim;
  • o fornecedor não oferece as atualizações necessárias;
  • os desenvolvedores não sabem codificar utilizando ele e que todo mundo precisaria ser retreinado a cada mudança;
  • O componente é uma caixa-preta e você não sabe exatamente o que ela faz;

A lista pode seguir quase infinitamente. Com todos os problemas que o gestor de TI já tem no seu dia-a-dia, por que optará por embarcar num contexto desses?

O software livre salvou a Internet e salvará a Certificação Digital

Basta olhar para trás e entender porque a Internet se tornou a ferramenta que temos hoje e porque ela se embrenhou tão profundamente no nosso dia-a-dia.

No mundo pre-Internet (e ele existiu..) pagávamos caro por ferramentas de desenvolvimento e fazer software estava limitado (tirando a pirataria) a quem poderia desembolsar milhares de reais por desenvolvedor.

Com o advento da Internet se popularizou a tendencia do software livre, permitindo que qualquer pessoa fizesse uma aplicação LAMP (LInux, Apache, MySQL e PHP) e subisse ela num servidor. A partir desse momento o equilíbrio se modificou completamente, porque não existia custo, as pessoas e organizações se baseavam em tecnologias conhecidas, amplamente utilizadas, abertas e de baixo custo.

Assim foi possível criar milhões de aplicações sendo que e as boas permaneceram enquanto as ruins ficaram pelo caminho.

Entender essa parte da história da Internet, significa escolher o único caminho que fará a certificação digital alcançar seu potencial em qualquer país. Até termos soluções complemente difundidas, fáceis de usar, confiáveis e de baixo custo estaremos subutilizando o potencial da certificação digital e todo o investimento que fizermos não poderá oferecer um retorno que encoraje a adoção do certificado digital.

* Sérgio Leal 

  • Ativista de longa data no meio da criptografia e certificação digital.
  • Trabalha com criptografia e certificação Digital desde o início da década de 90, tendo ocupado posições de destaque em empresas lideres em seu segmento como Modulo e CertiSign.
  • Criador do ‘Blue Crystal’: Solução software livre completa de assinatura digital compatível com ICP-Brasil
  • Criador da ‘ittru’: Primeira solução de certificação digital mobile no mundo.
  • Bacharel em Ciências da Computação pela UERJ desde 1997.
  • Certificações:
    – Project Management Professional (desde 2007)
    – TOGAF 9.1 Certified
    – Oracle Certified Expert, Java EE 6 (Web Services Developer, Enterprise JavaBeans Developer)
  • Sérgio Leal  é colunista e membro do conselho editorial do CryptoID.

CryptoID.

 

Sescon-RR alerta sobre importância do certificado digital para empresas do Simples

As empresas do Simples Nacional, que possuem mais de cinco funcionários, serão obrigadas, a partir de 1º de julho, a usarem o Certificado Digital para prestarem informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do eSocial. O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de Roraima (Sescon/RR) alerta sobre o prazo e a importância da certificação digital para as empresas.

O presidente do Sescon-RR, José Belido, informou que o Certificado Digital é exigido para empresas que emitem nota fiscal eletrônica (NF-e) e nada mais é que uma assinatura eletrônica, que confirma a autenticidade de documentos e declarações.

“É uma assinatura com validade jurídica que garante proteção às transações eletrônicas e outros serviços via internet, permitindo que pessoas e empresas se identifiquem e assinem digitalmente”, explicou.

Ele ressaltou que todas as empresas que são obrigadas a emitir a nota fiscal eletrônica devem fazer a certificação, bem como todas as que estão inscritas nos regimes tributários de lucro real ou lucro presumido.

“As entidades sem fins lucrativos também estão obrigadas à entrega de declarações e demonstrativos com a utilização de certificado digital válido, de acordo com a legislação pertinente a cada assunto”, informou o presidente, ao acrescentar que o Certificado pode ser adquirido no Sescon-RR.

De acordo com o Belido, a adequação segue um cronograma, previsto desde dezembro do ano passado, quando empresas do regime simplificado com mais de 10 funcionários foram obrigadas a adotar o certificado, e vai até julho de 2017, quando a exigência deve ser adotada por empresas com mais de três funcionários.

A medida é decorrente da Resolução do Comitê Gesto do Simples Nacional (CGSN) nº 125, que altera dispositivos da Resolução CGSN nº 94/2011. “A empresa que não se adequar fica impossibilitada de entregar as declarações das obrigações acessórias e assim não consegue pagar os tributos devidos”, completou o presidente.

Neidiana Oliveira

Roraima em Foco