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Santa Casa usa placas solares, reutiliza água da chuva e implanta a gestão 100% sem papel

Hospital de referência na área materno-infantil adota medidas estruturais para reduzir custos e se transformar em uma instituição sustentável

Maior maternidade pública do Norte do País, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, neste sábado, 5 de junho, na perspectiva de um hospital sustentável, que adota medidas estruturais para reduzir custos históricos e transformar comportamentos de servidores e pacientes. 

As principais iniciativas são o uso de 60 placas solares para pré-aquecimento de água encanada para o banho nos bebês; a digitalização de documentos em substituição à produção em papel, com cerca de 90% do hospital já informatizados; e a captação de água da chuva, reutilizada nas descargas dos banheiros, com capacidade de armazenamento de 20 mil litros. 

“Para 2021, existem 21 projetos nesse sentido e eu gostaria de destacar o Hospital 100% Papel. Basicamente nós geramos dois tipos de papéis: aqueles para processos administrativos e os prontuários médicos dos pacientes. Para os processos administrativos já existe uma validação, o PAE [Processo Administrativo Eletrônico], do Governo do Estado sobre todos os órgãos, que funciona perfeitamente”, explica o presidente da Santa Casa, Bruno Carmona. 

O gestor reforça que o andamento é cuidadoso:  “Porém, há os processos antigos, que estamos digitalizando, para integração posterior no sistema, com a segurança legal, disponível em absoluto tanto para consulta interna, quanto para a controladoria externa. Além do cuidado com o meio ambiente e economicidade, propiciará uma transparência enorme em relação aos gastos com o dinheiro público”, afirma. 

SEM PAPEL 

A informatização da dinâmica administrativa e assistencial, cuja principal ferramenta tem sido a versão eletrônica de documentos como processos e prontuários, deve ser concluída no próximo dia 30 de junho. A segunda etapa, a ser iniciada em agosto, com continuidade ao longo do segundo semestre, prevê assinaturas digitais, como a de médicos, e certificação diretamente nos sistemas.  

Para o analista de sistemas Gilberto Rodrigues, gerente de TI da Santa Casa, a inovação reduz custos de forma imediata e traz muito mais segurança e conforto para os profissionais, usuários e pacientes.

A desobstrução de arquivos em papel, por exemplo, permitirá a realocação de espaços para atividades-fim do Hospital, como enfermarias. 

Carlos Gilberto da Silva Júnior, diretor Administrativo e Financeiro da Santa Casa, diz que a busca para tornar a instituição o primeiro hospital público da região Norte 100% sem papel atende às exigências de  economicidade e ambientais.

 “Do ponto de vista da economicidade, significa poupar a impressão de aproximadamente 500 mil cópias de papel por mês e também o arquivamento desses papéis: hoje ainda enfrentamos falta de espaço dentro da nossa instituição, ocupado por prontuários médicos e outros tipos de documentos em papel. Quanto ao valor ambiental, quanto menos papel produzido, quanto menos a natureza for explorada em insumo, mais perto estaremos do propósito. Vislumbramos um alcance considerável até o final deste ano”, diz. Conforme estimativas, as medidas adotadas já representam economia de 100 mil folhas de papel por mês. 

SOL E CHUVA

Sessenta placas instaladas na Unidade Almir Gabriel (UAG) aproveitam o calor do sol para pré-aquecer a água que é usada no banho dos recém-nascidos acomodados nas enfermarias e alojamentos conjuntos.

O sistema representa diminuição mensal de até 15% na conta mensal de energia elétrica do setor do hospital. 

 Outro exemplo de uso sustentável na instituição é o armazenamento das águas pluviais. O reservatório, de 20 mil litros reutiliza água da chuva nas descargas dos vasos sanitários dos banheiros do hospital.

“Ademais, temos um estudo em fase inicial de captação de energia fotovoltaica para todo o complexo. É um estudo embrionário. O objetivo é diminuir nosso consumo mensal em relação à concessionária de energia, sem agredir o ambiente, compensando uma parte do sistema elétrico convencional”, explica o engenheiro civil e engenheiro de segurança do trabalho Marcelo Frota, gerente de Estrutura Física, Funcional e de Patrimônio.

*Por Aline Miranda e Samuel Mota

Fonte: Agência Pará

 

 

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