Notícias

O que é a prescrição médica virtual e como funciona?

Emissão da receita digital permite a compra de algumas classes de remédios sem a necessidade da receita física

A consulta online já era realidade no Brasil desde o ano de 2018. Na ocasião o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a resolução que permite a realização de teleconsultas, telediagnóstico e telecirurgias. Antes da pandemia, a modalidade tinha como objetivo levar atendimento de qualidade a locais remotos e de difícil acesso.

Agora, a novidade está na possibilidade de emissão de receita digital. Confira os detalhes dessa melhoria de atendimento.

A teleconsulta durante a pandemia

A pandemia de covid-19 aumentou a demanda pelas consultas onlines. Algumas pessoas só passaram a conhecer essa modalidade de atendimento durante o avanço do coronavírus. A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) fez um levantamento e informou que mais da metade dos hospitais participantes realiza 25% dos atendimentos remotamente. Em 20% dos hospitais a consulta online representa metade dos atendimentos.

Na pesquisa feita pela Anaph, foi verificado que 58% dos pacientes preferem realizar a primeira consulta de forma remota, evitando, assim, de se deslocarem ao hospital desnecessariamente. A tendência é de que o atendimento online continue a crescer, mesmo após o fim da pandemia.

A receita digital

A receita médica digital foi regulamentada em 2020, durante a pandemia de covid-19. Ela permite a compra de remédios sem a necessidade da receita impressa. A receita digital consiste em um documento online, que pode ser gerado pelo médico em plataformas específicas.

Para emitir a receita, o médico precisa informar sua assinatura eletrônica com certificado digital, comprovando que o documento é autêntico. Esse certificado é fornecido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

Ao realizar a compra do medicamento utilizando a receita digital o farmacêutico dará baixa no documento, impedindo que ele seja utilizado novamente. Além disso, antes de efetuar a venda a receita precisa ser validada, o que garante que ela foi emitida por um médico certificado.

Quais medicamentos posso comprar com a receita digital?

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a prescrição pode ser feita para as seguintes classes de medicamentos:

  • antimicrobianos;
  • ansiolíticos;
  • antidepressivos;
  • anticonvulsionantes;
  • controladores de hormônios;
  • antipsicóticos.

Outros medicamentos ainda necessitam da emissão de receita física. Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF) os medicamentos controlados que necessitam de notificação A, NRA, B1, B2, notificação especial para talidomida e retinoides de uso sistêmico não podem ser fornecidos mediante a apresentação de receita digital. O conselho reforça que essa determinação é lei, e não cabe ao médico ou farmacêutico a tomada de decisão.

Receita digital vs. receita digitalizada

É importante a diferenciação entre receita digital e receita digitalizada. Elas não são a mesma coisa e, portanto, não são aceitas de forma igual.

A receita digitalizada é uma cópia eletrônica simples da receita impressa original, ela é feita por meio de foto ou scanner. Elas não têm valor legal, podendo ser adulteradas digitalmente, e não são aceitas para a venda de medicamentos.

Já a receita digital é o documento emitido eletronicamente. Ele tem assinatura e certificado digital, sua veracidade pode ser comprovada e seu uso pode ser controlado.

Fonte: m2farma, Conselho Federal de Medicina, Sindesp, gov.br, Conselho Federal de Farmácia.

Summit Saúde Brasil 2022

Imagem de Tetiana Shyshkina por Pixabay

Leia também

Mais notícias

Serviços

Consultas Processuais
Consulta Jurídica
Clipping do DOU

Convênios

eGAC
pki
CryptoID
Insania
GD Giesecke+Devrient
Serpro
YIA
Class One