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Governo redesenha ComprasNet com inteligência artificial e unificação de bases

Luís Osvaldo Grossmann

O sistema eletrônico de compras governamentais vai ganhar novas funcionalidades até o fim deste 2019, com o uso de inteligência artificial para auxiliar os pregoeiros na hora das licitações. Mas segundo a secretaria de gestão do Ministério da Economia, esse é apenas um dos próximos passos para o conhecido Comprasnet. A ideia é que em alguns anos ele se consolide como a única ferramenta de pregões online, não só para o governo federal, mas também nos estados e municípios.

“Dentro da plataforma Siasg/Comprasnet estamos implementando uma solução de inteligência artificial que vai funcionar como um assistente virtual ao pregoeiro durante o processo de licitação. Estamos pegando o banco de dados acumulado de décadas de licitações processadas para que, em tempo real, numa nova licitação, algumas informações possam subsidiar a atuação dos pregoeiros. Uma expectativa realista é que no fim deste ano a gente já consiga disponibilizar uma primeira versão para os pregoeiros começarem a desfrutar dessa solução. E no próximo ano ela vai sendo incrementada e robustecida”, revela o secretário de gestão Cristiano Heckert. Neste momento, a pasta trabalha na organização de diferentes bancos de dados, começando por aqueles do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, e alimentando a solução de IA de forma que o cruzamento das informações possa servir de subsídio em decisões e negociações nos pregões eletrônicos, com informações de composição societária, identificação de eventuais participações cruzadas e declarações de inidoneidade, até a probabilidade de o fornecedor aceitar reduções de preços.

“Por exemplo, para analisar o perfil dos fornecedores que estão participando daquela licitação. Qual foi o comportamento deles em licitações anteriores, de quantas participaram, quantas ganharam, se entraram com recursos, impugnaram. Uma vez que ganharam, se assinaram o contrato, executaram o objeto, entregaram. Também vê perfis de comportamento que eventualmente indique cartelização nas licitações. Se são os mesmos fornecedores que participam, qual o comportamento, os preços que praticam, qual a probabilidade de dar um desconto”, explica Heckert. Ele também revela que os planos para o futuro, coisa para talvez quatro anos adiante, envolvem a integração do Comprasnet com outras plataformas de aquisições online, inclusive ferramentas muito conhecidas de quem vende para o governo federal, como o Licitaçoes-e, gerenciado pelo Banco do Brasil mas que serve a diferentes instituições públicas. Na prática, uma consequência de projetos que avançam há alguns anos como a integração das demandas dos órgãos públicos, materializada na central de compras, e o painel de preços, que permite a gestores públicos comparar valores de referencia de editais e o resultado de licitações anteriores.

“A gente quer gradativamente ir ampliando a integração com outras plataformas. Primeiro dentro do governo federal, sistemas da CGU, do TCU onde há registros de inidoneidade de empresas que possam ser cruzados com os registros do Comprasnet. E gradativamente no âmbito da rede nacional de compras públicas a gente ir cruzando informações com outros sistemas que são usados por estados e municípios”, diz o secretário de gestão. Temos uma equipe de dados mergulhada nesse projeto. Existe um trabalho exaustivo de depuração dos dados para que eles possam ser utilizados em paralelo com a construção da inteligência que vai rodar em cima desses dados. Uma expectativa realista é que no final deste ano a gente já consiga disponibilizar uma primeira versão para os pregoeiros começarem a desfrutar dessa solução. E no próximo ano ela vai sendo incrementada e robustecida.

Fonte:  Convergência Digital

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