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CCR adota videoconferência para assembleia de acionistas em meio à pandemia

O quórum ficou um pouco abaixo da média histórica, mas para o vice-presidente de compliance, Pedro Sutter, a experiência foi um sucesso

Por Ivan Ryngelblum, Valor — São Paulo

A pandemia do novo coronavírus (covid-19) está forçando muitas empresas a avaliarem como realizar suas assembleias de acionistas no momento em que as autoridades pedem para que não ocorram aglomerações de pessoas. Enquanto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda como regulamentar as assembleias virtuais, a CCR adotou um modelo híbrido, flexibilizando as regras para uso do boletim de voto a distância e transmitindo o encontro via plataforma de videoconferência.

A reunião, ocorrida na quinta-feira (9), foi a primeira da história da companhia em que a maioria dos participantes compareceu de forma remota. A CCR se utilizou do aplicativo Zoom para transmitir a assembleia e permitiu que os boletins de voto a distância fossem assinados digitalmente, através de certificado digital, e enviados por e-mail.

Quórum mais baixo

O quórum ficou um pouco abaixo da média histórica – 68% das ações foram representadas, contra a média de 74% –, mas para o vice-presidente de compliance, Pedro Sutter, a experiência foi um sucesso. “Tivemos uma reunião tranquila, recebemos elogios de acionistas em relação a iniciativa”, disse.

Ele afirmou que o formato foi discutido com alguns dos principais acionistas da CCR e que a empresa estudou se a ferramenta de transmissão atenderia as necessidades da assembleia. Diante dos retornos recebidos, a companhia concluiu que não havia motivo para cancelar o encontro. “Os riscos foram avaliados, conversamos com o conselho de administração e entendemos que não havia motivos para suspender a assembleia”, afirmou Sutter. “A assembleia é um evento importante, marcante no calendário societário, e há prejuízo quando ele não é realizado.”

Segundo ele, a assembleia ocorreu como qualquer outra já feita pela CCR. A participação por videoconferência não impediu que um acionista questionasse sobre um ponto do balanço financeiro e que os acionistas aprovassem a abertura de mais uma vaga no conselho de administração, com a eleição de Eliane Lustosa, que foi diretora do BNDESPar até agosto de 2019. “A participação se deu como se fosse de forma presencial”, disse Sutter.

Para Sutter, a experiência apontou para a possibilidade de agregar às assembleias ferramentas para participação remota, mas mantendo o encontro presencial. “Sou favorável à reunião física, mas se não tem como o acionista ir, se ele teve problema, se as pessoas estão muito longe, prefiro que ele tenha formas de participar”, disse. O executivo é mais cauteloso quanto a assembleias totalmente digitais. “Se há segurança, se estamos dando mais chances de participação, não vejo prejuízos, mas é importante considerar os riscos do processo e avaliar com calma”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico

 

 

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